quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Garimpeiros e geólogos amadores: O CICLO DO OURO MINEIRO - REPORTAGEM

Garimpeiros e geólogos amadores: O CICLO DO OURO MINEIRO - REPORTAGEM: À procura do ouro e pedras preciosas seguiam os bandeirantes, desde o primórdio da história colonial, rumo ao interior. Depois de descobe...

Estrada Real

Os caminhos de São Paulo
Na segunda metade do século XVII, diante da crise econômica da agromanufatura açucareira suscitada na Colônia a partir da expulsão dos Holandeses (1654), tornou-se imperioso identificar novas fontes de recursos. Desse modo, uma nova leva de expedições partiu da vila de São Paulo em direção ao interior. Essas expedições ficaram conhecidas como bandeiras e os seus empreendedores como bandeirantes. Os paulistas, mestiços de Portugueses com indígenas, tinham o conhecimento, não apenas dos milenares caminhos dos nativos (peabirus), como também das suas técnicas de sobrevivência nos sertões. [editar]Bandeiras O chamado Caminho dos Paulistas ou Caminho Geral do Sertão, ligando a Capitania de São Paulo às Minas. Algumas dessas bandeiras, percorrendo a chamada trilha dos Guaianases, a partir do vale do rio Paraíba do Sul, através da passagem da Garganta do Embaú, na Serra da Mantiqueira, dirigiram-se para o sertão posteriormente denominado de Minas Gerais. Com a descoberta de ouro de aluvião, ao final desse século, intensificou-se o trânsito de pessoas, animais e gêneros entre o litoral e a região, definindo-se diversas vias, as principais das quais são referidas por Antonil (Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Minas. Lisboa, 1711): Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. http://migre.me/doCw2
MAPAS DE SANTOS
Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/aWncu)

sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Silêncio do Império: A expansão da divisa de Minas, do Sul do Rio Grande e do Oeste do Sapucaí até as cercanias da Serra de “Mogi-Guaçu” no século XVIII. (Transcrição)

1851. O território de Minas ampliado pela expansão da divisa pretendida por Luiz  Diogo pode ser visualizado na descrição do trajeto de seu giro: 
Passando o Rio Grande na Barra do Sapucahy, Luiz Diogo chegou a Jacuhy, onde  tomou posse (violentamente – dizem as testemunhas do sumario de 1789) e publicou um  Bando e Instrucções em que declarava que tinha reconhecido que a divisa pela  demarcação de Thomaz Rubim terminava no Rio Grande no logar chamado  Desemboque, que parece ser um ponto no Rio Grande logo abaixo da barra do rio  São João de Jacuhy. Depois Passou por Cabo Verde, Ouro Fino, Camandocaia (hoje  cidade de Jaguary) [a cidade de Jaguari corresponde ao que hoje é Bragança Paulista], Capivary, Itajubá, etc., estabelecendo registros em Jacuhy, Cabo Verde, Ouro Fino, Rio Jaguary perto de Camandocaia e Itajubá(5). Dos logares mencionados, Jacuhy, Itajubá e provavelmente Camandocaia estavam na posse dos Paulistas no civil, Cabo Verde no ecclesiastico sómente. Por estes actos de Luiz Diogo a posse effectiva dos  Mineiros que tinham ficado nas imediações de Santa Anna do Sapucahy, Ouro Fino e Cabo Verde (com registro no Rio Mundú perto da actual cidade de Pouso Alegre) avançou proximamente até a linha imaginada por Thomaz Rubim pelo alto da Serra da Mantiqueira até o morro do Lopo [hoje em Extrema-MG], e dahí “acompanhando por 
um lado a estrada de Goyaz” até o Rio Grande (DERBY, 1896: LII-LIII). Fonte: CARLOS EDUARDO ROVARON http://migre.me/dogK7
MAPAS DE SANTOS
Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/aWncu)
Nota: Alto da Serra, toponímia correspondente a Garganta do Sapucaí, desfiladeiro de Itajubá, espaço colonial de Piquete-SP.

A História do Sul de Minas Gerais no Século XVIII


Mapa da Comarca do Rio das Mortes em 1780 , elaborado por Manoel R. Guimarães. Fonte: http://migre.me/dog8A

MAPAS DE SANTOS
Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/aWncu)
Nota: Em um analise comparativa dos Mapas,  é possível inferir que do Alto da Serra toponímia contida no mapa de 1766 espaço colonial de Piquete-SP, vai-se imediatamente à localidade de Queimado no mapa de 1780, correspondente a localidade hoje de Marmelópolis-MG, antiga Itajubá, abrangido pela localidade de Delfim Moreira.

Vilas do Ouro: ontem e hoje (Transcrição)

Encontrei este mapa em uma edição especial do jornal "Estado de Minas" de maio de 2005 citando Pitangui e o escaniei. Ele trás informações interessantes sobre as vilas do ouro ontem e hoje.

Fonte: Blog Daqui de Pitangui - http://migre.me/doeJr
Nota: Espaço Colonial de Piquete, no Caminho Geral do Sertão - "A instalação da Vila de São João Del Rey desmembrada de Vila Rica em 1713 foi conservado os mesmos limites entre Vila Rica e a Vila de Guaratinguetá (que pertencia a Comarca de São Paulo) e mais a criação da Comarca do Rio das Mortes cuja a sede era São João Del Rey chamava a atenção das autoridades mineiras a “Serra da Mantiqueira” como baliza natural entre as “minas” e São Paulo." 


Tratado de Tordesilhas – resumo (a)

Os tratados de Limites
a) O aumento do território brasileiro
Pelo Tratado de Tordesilhas, assinado a 7 de junho de 1494, por Portugal e Espanha, os domínios dessas duas nações seriam separados por um meridiano que pausaria a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Todas as terras lestedesse meridiano per-tenceriam aos portugueses e as que ficassem a oeste aos espanhóis. Assim, seis anos antes do descobrimento do Brasil, já a pos-se desse país estava garantida para Portugal.
O meridiano de Tordesilhas nunca foi demarcado. Também o tratado não dizia qual a ilha do arquipélago do Cabo Verde que deveria ser usada para começar a contagem das 370. léguas. Entretanto, a opinião mais generalizada é que o meridiano de Tordesilhas passava no territótio brasileiro pelos lugares onde depois foram fundadas as cidades de Belém do Pará e Laguna, em Santa Catarina. Nessas condições a superfície do Brasil seria três vezes menor que a atual se continuasse a vigorar até hoje o Tratado de Tordesilhas: não pertenceriam ao território brasileiro os Estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, quase todo o Pará e extensas regiões de Goiás, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Mas nem as bandeiras nem as expedições dos padres que iam ao interior catequizar os índios respeitaram o que estava estabelecido no Tratado de Tordesilhas; terras, que eram espanholas, foram ocupadas e percorridas por expedições que partiam do Brasil. Permitiu até, o governo português, que colonos do sul do Brasil fundassem, em 1680, a Colônia do Sacramento, à margem esquerda do Rio da Prata, em pleno território espanhol, e onde fica hoje a República Oriental do Uruguai. Por tudo isso eram necessários novos tratados para que fossem separados na América do Sul os domínios de Espanha dos de Portugal.
. O primeiro tratado foi o de Lisboa, de 1681: confirmou o direito de Portugal sobre a Colônia do Sacramento, fundada no ano anterior.
Em 1713, Portugal assinou com a França o Tratado de Utrecht, que estabelecia o rio Oiapoque ou Vicente Pinzón como limite entre o Brasil e a Guiana Francesa.
MAPA / MERIDIANO DE TORDESILHAS
LIMITES DO BRASIL, PELOS TRATADOS DE MADRI E DE SANTO ILDEFONSO

Fonte: http://migre.me/dodri

Tratado de Tordesilhas – resumo (b)

OS TRATADOS DE LIMITES

b) O tratado de Madrid e a expulsão dos jesuítas
Um brasileiro, Alexandre de Gusmão, conseguiu para Portugal as vantagens territoriais obtidas pelo tratado de Madrid. Êle defendeu um princípio que, na língua latina, se chama "uti possi-detis": a Espanha reconhecia o domínio de Portugal nas extensas terras alcançadas pela penetração portuguesa.
No Sul o tratado de Madrid entregava à Espanha a Colônia do Sacramento, fundada pelos portugueses mas colonizadapelos espanhóis, depois que elementos vindos de Buenos Aires fundaram nessa região Montevidéu. Em compensação, Portugal obteve os Sete Povos do Uruguai, fundados pelos padres espanhóis, a noroeste do atual Estado do Rio Grande do Sul, mas que sofreram a ocupação portuguesa com os ataques dos bandeirantes.
Para a execução de um tratado de limites, é indispensável a nomeação de demarcadores ou comissários: pessoas que vão à região fronteiriça verificar a posição dos acidentes geográficos, rios, montanhas ou lagos, indicados para a separação das terras. No de Madrid, Portugal nomeou para demarcar as fronteiras do Sul a Gomes Freire de Andrada,governador do Rio de Janeiro e futuro Conde de Bobadela. O comissário dos espanhóis, também para o Sul, foi oMarques de Vai de Lírios.
Os trabalhos de demarcação foram logo iniciados mas não puderam ser concluídos porque se re-. voltaram os índiosguaranis, que habitavam os Sete Povos do. Uruguai, Esses índios, aldeados pelos espanhóis, tinham sido atacados pelos bandeirantes que haviam destruído as suas lavouras e matado muitos dos seus parentes: por isso não quiseram abandonar ás suas terras para entregá-las a Portugal. .
Atacados pelos espanhóis e pelos portugueses, os guaranis foram facilmente dominados. Gomes Freire, porém, não quis tomar posse da região por falta de segurança: afirmava que os colonos poderiam ser depois atacados pelos índios que se haviam internado nos matos.
Como não quis receber os Sete Povos do Uruguai, Gomes Freire também não entregou aos espanhóis a Colônia do Sacramento. Cs trabalhos de demarcação foram suspensos até que, em 1761, Espanha e Portugal concordaram emanular o tratado de Madrid. Quanto ao Norte, os trabalhos de demarcação nem sequer foram iniciados ainda que houvessem sido nomeados os demarcadores.
Além de concorrer para a anulação do tratado de Madrid, a revolta dos guaranis teve um outro resultado importante: o poderoso ministro Marques de Pombal, que governava o reino português, era inimigo dos jesuítas e, por isso, aproveitou a ocasião para acusar os padres de haverem aconselhado aos índios aquela revolta; afirmava que eles queriam fundar na região dos Sete Povos um império, independente de Espanha e Portugal.
Com essas acusações queria o Marquês de Pombal obter motivos para expulsar os jesuítas de Portugal e suas colônias. Afinal, a expulsão foi decretada, depois de um atentado contra a vida do rei D. José I, pois os padres da Companhia de Jesus foram acusados por Pombal, ainda que sem provas, de haverem participado desse crime. Foram grandes os males que causou ao Brasil a expulsão dos jesuítas: a instrução, foi muito prejudicada, pois a colônia perdeu os únicos professores capazes que possuía; também os índios, sem os seus protetores, passaram a ser explorados como escravos e, por isso, abandonaram as aldeias e voltaram ao estado selvagem.
Fonte: http://migre.me/dodri

Tratado de Tordesilhas – resumo (c)

OS TRATADOS DE LIMITES

c) Tratado de Santo Ildefonso
Durante a Guerra dos Sete Anos, na Europa, Portugal e Espanha combateram como inimigos.
Na América também houve lutas entre as colônias das duas nações: os espanhóis ocuparam a Colônia do Sacramento, invadiram o território que é atualmente o Rio Grande do Sul e a ilha de Santa Catarina. Entretanto, uma , ordem de Espanha obrigou-os a abandonar essas conquistas. Pouco depois, em outubro de 1777, os dois países, Portugal e Espanha, assinavam o tratado de Santo Ildefonso.
Ciclos das bandeiras, diamantina  Sabará e Vila Rica
O novo tratado admitia quase todas as fronteiras estabelecidas pelo de Madrid. Apenas no Sul foram feitas modificações muito favoráveis à Espanha: esse país passava a possuir, ao mesmo tempo, as duas regiões, Colônia do Sacramento e Sete Povos do Uruguai.

LIVRO: “O CAMINHO DOS CURRAIS DO RIO DAS VELHAS”


Fonte: http://migre.me/dobRG
Minas não nasceu asfaltada. Matas e savanas – o cerrado –, rios e picos, capistranas e monumentos balizaram o árduo, o inóspito território das Minas e dos Gerais. Eugênio Goulart reencontrou-os. Tornou-se um aficionado destes sertões, interessou-se pela anatomia da bacia hidrográfica do rio das Velhas e seus afluentes, com suas serras e caminhos do passado, enquanto, em momento de prazer, descobria a beleza e o grande significado histórico da região de Minas Gerais. O Caminho dos Currais do Rio das Velhas: a Estrada Real do Sertão é leitura agradável, que captura nosso interesse e nos preenche de tantas e tantas lacunas sobre as origens e vicissitudes deste mundo-montanhoso, que nos acolhe e nos sustenta. Este livro encantador será consulta obrigatória para estudantes de História, Geografia e Biologia, para professores e moradores que habitam a região do Caminho dos Currais, bem como para pesquisadores com interesse em estudos multidisciplinares. Os membros dos núcleos do Projeto Manuelzão e dos subcomitês das bacias hidrográficas dos rios Cipó, Paraúna, Taquaraçu e Curimataí, assim como os outros moradores da bacia do Rio das Velhas, do Velho Chico e da Serra do Espinhaço percorrerão, seguramente, as trilhas do pensamento do escritor ilustre, aprendendo com ele histórias de profunda significação social que nos ajudarão na preservação e recuperação ambiental e cultural dessa região.

Do Sertão às Regiões Coloniais (Transcrição)

Cidades e vilas coloniais eram o ponto de partida da colonização portuguesa na América.

Pela "porta" que se abria para o sertão passavam todos que iam conquistar e ocupar aquele vasto território, transformando-o em uma região colonial. Eram leigos e religiosos, guerreiros e missionários, comerciantes e funcionários régios.
Fonte: Blog História Licenciatura:ttp://migre.me/doaW8
Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/aWncu)
Nota: Alto da Serra, espaço colonial, toponímia identificadora do núcleo  embrião de Piquete-SP, na Rota do Povoamento no Séc. XVII e XVIII.
Nota: Registro (Piquete-SP), espaço colonial, toponímia identificadora do núcleo  embrião de Piquete-SP, na Rota do Povoamento no Séc. XVII e XVIII.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

O sertão mineiro nas observações de Spix e Martius1

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(Transcrição) - Os sertanejos sofriam principalmente de doenças crônicas no peito, hidropisia e uma “nova doença” causada pelo hábito de se comer terra, “tão estranho que parece ter passado dos animais para os homens”. 6 Conforme os viajantes, por não ser esse material digestoso, o mesmo não poderia ser eliminado pelo organismo, e acabava causando uma inchação abdominal que logo se revelava pela enorme barriga das crianças, pela palidez dos seus rostos e pelos traços “frouxos e balofos”. Essa doença misteriosa fazia com que o crescimento cessasse completamente, e logo levava a “desgraçada” vítima à falência, caso sobrevivesse sofreria eternamente violentas câimbras ou a hidropisia (SPIX, MARTIUS, 1976: 75). A hidropisia 7por sua vez, seria a reação do organismo a uns dos vícios sertanejos: o alto consumo da cachaça. Para os naturalistas, a falta do que fazer e a solidão do sertão faziam com  que seus habitantes, principalmente os pertencentes às classes mais abastadas, se deixassem levar pelos vícios do álcool e do jogo, se tornando “decadentes” e “grosseiros”. Os viajantes, no entanto, negam terminantemente que o consumo da bebida tenha sido introduzido pelos europeus e afirmam que os habitantes originais já conheciam bebidas fermentadas inebriantes (LISBOA, 1997: 153).
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O sertão foi território que se expandiu e contraiu, expressou um espaço ambíguo, um tempo fluido, um jogo de imagens, do possível ao sonho, entretanto, não se pode perder de vista que o sertão foi um discurso sobre espaços e pessoas, uma construção simbólica (ESPINDOLA, 2001: 03- 04). O sertão, sem dúvida, era vasto, era ermo e era longe. Mas já era o Brasil.
Fonte: Marisa Augusta Ramos: Granduanda de História da Universidade Vale do Rio Doce Bolsista de Iniciação Científica – BIC-FAPEMIG Orientador: Prof. Dr. Haruf Salmen Espindola novosfilhosdeclio@gmail.com. (Pesquisa realizada na Internet em 17/02/2013). 

A Memória toponímica da Estrada Real e os escritos dos viajantes naturalistas dos séculos XVIII e XIX

 III - MEMÓRIA TOPONÍMICA
Na Estrada Real, os nomes não omitem, naturalmente, o lado mais materialista e econômico, sobretudo no que se refere à corrida do ouro e à busca das pedras preciosas: Diamantina, Ouro Preto, Ouro Branco, Lavras Novas, Catas Altas, Tabuleiro etc. Os caminhos e as viagens constituíram uma parte importante e difícil no desbravamento do Sertões Mineiros. Detectamos isso devido ao fato de os caminhos naturais das costas e dos rios terem sido aproveitados para a motivação toponímica. Há muitos nomes que remontam ao tempo dos Bandeirantes: Ressaquinha, Ponte Nova, Passabém, Passa Quatro, Pouso Alto, Cruzília, Entre Rios de Minas, Paraíba do Sul, Passa–Tempo etc. Podemos ainda evidenciar nomes ligados diretamente à Natureza e, principalmente, topônimos que guardam a memória do importante papel de localização à beira da água. Nesse sentido Dick (1990, p. 80) ressalta que a água é “tão necessária e imprescindível à vida humana que, dentro da agressividade regional, os pontos de seu aparecimento revestem-se de tanta significação que se torna obrigatório registrá-los, toponomasticamente”. Na Estrada Real temos: Rio de Janeiro, Rio Pomba, Alto Rio Doce, Rio Piracicaba,  Senhora do Porto, Alagoa, Córregos, Rio Acima, Entre Rios de Minas, Desterro de entre Rios, Lagoa Dourada, Cachoeira Paulista etc. A vegetação também não passa despercebida pela memória toponímica da Estrada Real: Marmelópolis, Jaboticatubas, Cachoeira do Campo, Serra do Cipó, Serra Azul de Minas, Itambé do Mato Dentro, Cocais, Cipotânea, Milho Verde etc. Para Dick (1990, p. 64) “o recorte de um “morro”, os contornos de uma “serra”, o “monte” singular em sua morfologia. Tudo pode ser causa de motivações toponímicas”. As montanhas e montes estão muito bem delineados pela memória toponímica da Estrada Real quando encontramos: Monte Serrat, Santana dos Montes, Morro do Pilar etc. Fonte: http://migre.me/di7ar
 Nota: Restando comprovado que Mamelópolis-MG, se constitui em espaço colonial, em conformidade com o Mapa, faz-se necessário ter em conta que, a continuidade do caminho, entrando para o Estado de São Paulo, pelo Caminho Geral do Sertão se dá pela conexão direta com Piquete-SP, via Alto da Serra, Garganta do Sapucaí, desfiladeiro de Itajubá, Meia Lua.
Fonte do Mapa: http://migre.me/f4Jub


A Memória toponímica da Estrada Real e os escritos dos viajantes naturalistas dos séculos XVIII e XIX

II - ESTRADA REAL (Transcrição)
O percurso da Estrada Real com seus 1400 Km de extensão envolve mais de 200 municípios divididos em três estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. A rota da Estrada Real movimentou a economia do país por um período de mais de 150 anos. Por esses caminhos o ouro e as pedras preciosas 
eram levados à corte do Rio de Janeiro. Neste período a ênfase econômica do Brasil estava em Minas Gerais, região que permaneceu desabitada de “cristãos até finais do século XVII”. Foi a descoberta do ouro e dos diamantes que contribuiu decisivamente para atrair pessoas de diversas proveniências para a região, no intuito de um fácil enriquecimento com um investimento mínimo. Após o período da ocupação do litoral brasileiro as expedições dos bandeirantes e sertanistas, nas últimas décadas do seiscentismo começaram as descobertas auríferas e o estabelecimento dos primeiros arraiais e núcleos populacionais. Uma grande quantidade de pessoas vindas de várias partes da colônia e da Europa começaram a ocupar essa região. A Coroa Portuguesa tentou em 1705 impedir a entrada de estranhos na zona do ouro. No dizer de Antonil (1992, p.42)  “Cada ano vem nas frotas uma grande quantidade de portugueses e estrangeiros para passarem às minas.”  O auge da busca pelo ouro nas Minas Gerais deu-se na época colonial até meados do século XVIII. Explorado de início o ouro de tabuleiro, na beira dos ribeirões, passou em seguida a ser extraído o ouro das margens mais elevadas, já nas encostas: o das grupiaras ou guapiaras. A busca pelo ouro e pelas pedras preciosas vai fazer surgir “os muitos caminhos” que levavam às minas, ampliando as  Entradas  deixadas pelos bandeirantes e os Peabirus demarcados pelos indígenas ou desbravando novas sendas. E de fato, segundo os historiadores, inúmeros caminhos foram construídos a partir do Rio de Janeiro para Minas, passando por São Paulo. O Professor Antônio Gilberto Costa descreve em sua obra Os Caminhos do Ouro e  a Estrada Real (2005) esses caminhos. Devido à diversidade de caminhos, desvios e mudanças ocorridas ao  longo do tempo, salientamos que a nossa pesquisa toponímica tem como  corpus fundamental  os três caminhos apontados pelo Instituto Estrada Real e que se encontram delineados nos Mapas elaborados por este instituto.  Assim, o chamado Caminho Velho compreende o maior dos itinerários da Estrada Real. A definição  do Caminho Geral do Sertão, como ficou conhecido o antigo caminho dos paulistas, deu-se pelo empenho  do bandeirante Fernão Dias Paes em sua última expedição (1674-1681). Por esse caminho foi estabelecida a comunicação entre São Paulo de Piratininga às vilas do Vale do Paraíba  – Mogi, Jacareí, Taubaté,  Pindamonhangaba e Guaratinguetá, atravessando a serra da Mantiqueira e cruzando o rio Grande no seu  trecho oriental em direção ao rio das Velhas. Segundo Costa (2005,p.88), pelo Caminho Velho, a duração  da travessia de São Paulo a Ouro Preto ou a região do rio das Velhas era cerca de 74 dias de viagem. Saindo  do Rio de Janeiro, passando por Paraty, a travessia durava cerca de 73 dias, isso compreendendo “35 dias  de jornada e 38 de paradas.” Mesmo com todas as dificuldades esse trajeto só deixou de ser amplamente  utilizado quando adveio o Caminho Novo, que permitiu acesso rápido e ligeiro às minas.
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Caminho Velho: "......atravessando a serra da Mantiqueira e cruzando o rio Grande no seu  trecho oriental em direção ao rio das Velhas."
Caminho Geral do Sertão: "......atravessando a serra da Mantiqueira e cruzando o rio Verde em direção a Boa Vista, Ingaí e Região de Rio das Mortes."

Piquete-SP; no Caminho Geral do Sertão, Caminho Velho, Caminho do Sabaraçu, Via para Goiáis....

Trecho da Estrada Real em PitanguiFolder produzido pela Prefeitura Municipal, 2005.
Fonte: Licínio Filho e outros - Blog Daqui de Pitangui-MG - http://migre.me/dhRG2 
Parafraseando: Separando Vila Boa de Goiás do Rio de Janeiro, eram consumidos cerca de três meses de viagem. Caminho que passava por Pitangui, em Minas Gerais, chegando em Sabará permitindo o abastecimento da nova região aurífera, a imigração e o escoamento da sua produção mineral. Seguindo em direção ao Sul, deparava-se com matas do Rio Grande e Rio das Mortes. Por outro lado, uma vez que está ultima região pertenceu a jurisdição da Vila de Guaratinguetá, alcançava-se São João Del Rei, em demanda de Santa Ana do Sapucai e Alto Sapucai, transpondo a garganta de mesmo nome, via Alto da Serra, espaço colonial de Piquete-SP, Caminho Geral do Sertão. Em um primeiro momento seguia-se em demanda de Paraty, objetivando alcançar o porto de Sepetiba, rumo a cidade do Rio de Janeiro. Em um segundo momento a autorização de construção do caminho da Piedade em 1725, rumo a fazenda Santa Cruz foi pensado no proposito de evitar o caminho do mar pela via de Paraty, possibilitando alcançar a cidade do Rio de Janeiro exclusivamente por terra.
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Fonte: Licínio Filho e outros - Blog Daqui de Pitangui-MG - http://migre.me/dhRG2 
Mapa de 1776 de Santos-SP, Caminho Velho, que passando pelo Alto da Serra, espaço colonial de Piquete-SP, se estendia até a cidade de Sabará e Caeté, inicio do caminho para Oeste, estrada de Goiás,  passando por Pitangui em demanda de Goiás Velho.
Notas::
1) - O chamado Caminho do Sabarabuçu foi uma das Estradas Reais surgidas no Brasil em função da mineração, no século XVIII. Este caminho ligava Catas Altas a Glaura (distrito de Ouro Preto); foi identificado recentemente, constituir-se-ia numa extensão do Caminho Velho, que assim passava a atingir as vilas de Sabará e Caeté. Esta variante tinha como referência o rio das Velhas e a serra da Piedade, no alto de Caeté. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. http://migre.me/dhSLv)
2) - a) o Caminho Velho, que ligava São Paulo e Rio de Janeiro às minas, passando por Parati, Taubaté, Guaratinguetá, Baependi, Carrancas e São João del-Rei; (http://migre.me/diCm2)

Caminho de Goiás

O chamado Caminho de Goiás ou Picada de Goiás foi uma das Estradas Reais surgidas no Brasil em função da mineração, no século XVIII.

Foi estabelecido em função da descoberta de ouro no sertão de Goiás, região que, em 1748 seria elevada à condição de capitania.
A sua importância era de tal ordem que, em 1720 a Coroa Portuguesa estipulou a pena de morte para quem abrisse, sem autorização, outros caminhos entre a capitania de Minas GeraisGoiás, determinações reiteradas em 1733 e 1758.
Os responsáveis pela abertura da "picada" foram Francisco Rodrigues Gondim (1738-1763) e Manuel Rodrigues Gondim, que se radicaram em Itapecerica.
Essa via iniciava-se em Pitangui, em Minas Gerais, permitindo o abastecimento da nova região aurífera, a imigração e o escoamento da sua produção mineral. O troço adiante de Meia Ponte, na estrada para Vila Boa de Goiás, prolongamento da chamada Estrada Real, era calçado. O Caminho de Goiás prolongava-se daí em diante, alcançando Vila Bela da Santíssima Trindade no sertão do Mato Grosso.
No total, o chamado Caminho de Goiás estendia-se por 266 léguas (c.1.596 quilômetros), separando Vila Boa de Goiás do Rio de Janeiro, e consumindo cerca de três meses de viagem.
A riqueza que transitava na Picada de Goiás atraia os quilombolas da região.. Luiz Gonzaga da Fonseca, no seu livro "História de Oliveira", na página 37, descreve o caos provocado no Caminho de Goiás, a Picada de Goiás, pelo quilombolas do Quilombo do Ambrósio, o principal quilombo de Minas Gerais:
"Não há dúvida que esta invasão negra fora provocada por aquele escandalosa transitar pela picada, e que pegou a dar na vista demais. Goiás era uma Canaã. Voltavam ricos os que tinham ido pobres. Iam e viam mares de aventureiros. Passavam boiadas e tropas. Seguiam comboios de escravos. Cargueiros intérminos, carregados de mercadorias, bugigangas, minçangas, tapeçarias e sal. Diante disso, negros foragidos de senzalas e de comboios em marcha, unidos a prófugos da justiça e mesmo a remanescentes dos extintos cataguás, foram se homiziando em certos pontos da estrada ("Caminho de Goiás" ou "Picada de Goiás"). Essas quadrilhas perigosas, sucursais dos quilombolas do rio das mortes, assaltavam transeuntes e os deixavam mortos no fundo dos boqueirões e perambeiras, depois de pilhar o que conduziam. Roubavam tudo. Boidadas. Tropas. Dinheiro. Cargueiros de mercadorias vindos da Corte (Rio de Janeiro). E até os próprios comboios de escravos, mantando os comboeiros e libertando os negros trelados. E com isto, era mais uma súcia de bandidos a engrossar a quadrilha. Em terras oliveirenses açoitava-se grande parte dessa nação de “caiambolas organizados” nas matas do Rio Grande e Rio das Mortes, de que já falamos. E do combate a essa praga é que vai surgir a colonização do território (de Oliveira (Minas Gerais) e região). Entre os mais perigosos bandos do Campo Grande, figuravam o quilombo do negro Ambrósio e o negro Canalho.[1]"
Era percorrido por tropas de vinte a cinquenta mulas, cada animal carregado com de sete a oito arrobas nas "bruacas" sob a direção do "arrieiro", que comandava os "tocadores". Essas comitivas transportavam, além dos próprios animais e de escravos, itens tão diversos como:

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.http://migre.me/dhPLR
Parafraseando: Separando Vila Boa de Goiás do Rio de Janeiro, eram consumidos cerca de três meses de viagem. Das matas do Rio Grande e Rio das Mortes, uma vez que está ultima região pertenceu a jurisdição da Vila de Guaratinguetá,  alcançava-se o Alto Sapucai, transpondo a garganta de mesmo nome, via Alto da Serra, espaço colonial de Piquete-SP. Em um primeiro momento em demanda de Paraty, objetivando alcançar o porto de Sepetiba, rumo a cidade do Rio de Janeiro. Em um segundo momento a autorização de construção do caminho da Piedade em 1725, em demanda da fazenda Santa Cruz foi pensado com o proposito de evitar o caminho do mar pela via de Paraty, possibilitando alcançar a cidade do Rio de Janeiro exclusivamente por terra.
A Garganta do Embaú é um ponto notável na Serra da Mantiqueira, na região do Vale do Paraíba, por ser seu ponto mais baixo e visível a várias dezenas de quilômetros; uma passagem por onde os bandeirantes que vinham de cidades do Vale, como Taubaté, se embrenhavam pelo chamado "caminho geral do sertão" em direção a Minas Gerais.
Embaú, na língua tupi, quer dizer “a derradeira aguada” segundo Teodoro Sampaio mas Silveira Bueno, em seu “Vocabulário Tupi-Guarani-Português, afirma que quer dizer “bica d'água”.

História

Por ele passaram as bandeiras como as de Fernão Dias, Antonio Delgado da Veiga e de Miguel Garcia e este caminho, mais tarde, fez parte do antigo caminho da Estrada Real, que levava o ouro de Minas Gerais até o porto de Parati. Gentil Moura, em seu “Dicionário da Terra e da Gente de Minas”, afirma que:
               pelo Embaú deve ter passado a expedição                         de Martim Afonso, em 1531, assim como aquela que fez parte o inglês Anthony Knivet, em 1596.
Um documento escrito entre o final do século XVII e o princípio do século XVIII, descreve o caminho do Embaú, por onde subiam os paulistas, que descobriram as minas de ouro, como:
                                 este era o único caminho que havia para Minas de todas as povoações do Sul, a saber, de todos os distritos de São Paulo e do Rio de Janeiro.
João Camilo de Oliveira Torres, em sua “História de Minas “, escreve que a garganta era passagem obrigatória e afirma que o Conde de Assumar quando veio para Minas como governador, em 1717, procurou fazer um levantamento dos caminhos existentes, notando o “caminho velho” do Rio, o caminho de São Paulo, o “ caminho novo”, construído por Garcia Rodrigues Paes, filho de Fernão Dias. Analisando-os, deu preferência ao de São Paulo, passando por Taubaté e Embaú.
Altar no Embaú onde, em 1932, ocorreram lutas fratricidas
Mais recentemente na história brasileira, o ponto foi palco de batalhas ocorridas na região por ocasião da Revolução de 32 e por se tratar de um ponto estratégico de acesso entre São Paulo e Minas. Nas proximidades do Embaú, existe um túnel ferroviário, conhecido por "túnel da Mantiqueira", construído pelos ingleses, ainda no tempo de D. Pedro II, que era de importância militar extrema e onde ocorreram combates violentos durante a Revolução. Foi pelo Embaú também que as tropas militares de São Paulo invadiram a cidade mineira de Passa-Quatro, recuperada posteriormente pelas tropas do general Euclides Figueiredo.
Atualmente no local, onde ocorreram as lutas fratricidas, existe uma imagem de Nossa Senhora em um altar com vista para o Vale do Paraíba.
*Caminho velho, via Registro (Piquete-SP), Conceição do Embaú (Cruzeiro-SP).
*Caminho de São Paulo - caminho geral do sertão - via  Registro (Piquete-SP), Alto da Serra.
MAPAS DE SANTOS - Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/aWncu)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

NEGROS NO CAMPO DAS ARMAS: HOMENS DE COR NOS CORPOS MILITARES DAS MINAS SETECENTISTAS (1709-1800)

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(Transcrição) Em 14 de abril de 1777, Noronha endereçou uma carta ao general e governador de São Paulo, Martim Lopes Lobo de Saldanha, segundo a qual deixa claro que havia aprontado uma tropa de quatro mil homens que deveria ajudar na guerra luso-castelhana. Nela o governador afirma que tomou as providências necessárias para “fazer marchar o número de quatro mil homens, negros, cabras, mulatos forros e mestiços, armados com lanças e em diferentes corpos para marcharem para o Rio Grande, por esta capitania, pelas ordens que me foram dirigidas”. Como já dissemos, essa medida ia na direção contrária da institucionalização das milícias negras que gradualmente ocorria na capitania de Minas Gerais desde meados da década de 1760. O governador enviou essa tropa com o intuito de que ela tivesse alguma utilidade no conflito que se seguia nas partes meridionais. Nesse sentido, Noronha teria ordenado que a dita tropa seguisse a partir de “São João Del Rei e acampando do Rio Verde”, quando seria auxiliada “pelos meus ajudantes de ordens, a quem determinei fizessem seguir esta gente pelo registro da Mantiqueira, por ficar mais próximo a entrar nessa capitania”.192 Os ajudantes de ordens teriam de mandar “estes diferentes corpos por aquela parte que vissem ser mais fértil e me persuado que a esta hora a terá entrado alguma partida deles nessa capitania”.193 Esses recrutas, em sua maioria homens de cor, seriam de grande ajuda para o Estado do Brasil na guerra luso-castelhana. Ainda em abril de 1777, em várias partes do Estado do Brasil se ouviu falar da dita tropa de Minas Gerais que iria reforçar os exércitos do sul. Uma grande expectativa foi construída com relação a esses mais de 4 mil recrutas. Por onde quer que as companhias que formavam essa tropa passassem, os oficiais ligados aos corpos militares deveriam providenciar mantimentos, abrigo para esses homens. No entanto, logo o general e governador de São Paulo, Martim Lopes Lobo de Saldanha, atentou para as dificuldades em abastecer a dita tropa; os capitães-mores queixavam-se que não tinham comida nem para alimentar os próprios soldados regulares, quem dera para aqueles homens.194 A tropa deveria chegar em Curitiba para dali se juntar com outros corpos militares e seguirem em marcha até a ilha de Santa Catarina. Uma vez chegando lá, formariam uma linha de frente para atacarem os castelhanos, enquanto as demais tropas ficariam na retaguarda.195 Contudo, o problema de abastecimento da tropa era realmente grave. Saldanha teve conhecimento de todas as desordens que esses homens cometeram desde sua saída da capitania de Minas Gerais, e responsabilizou os sargentos-mores que a acompanhavam.196 A fome desses recrutas foi tão grande, que ao passarem na região de Araçarigoama - pertencente à capitania de São Paulo - arrombaram a porta de um armazém e roubaram os mantimentos lá existentes.197 Sabendo da posição de Saldanha com relação aos quatro mil recrutas, Noronha resolveu enviar uma carta em resposta às críticas do governador de São Paulo. A correspondência foi escrita em 13 de maio de 1777. Nela, Noronha diz saber das crítica de Saldanha, o qual havia afirmado que os quatro mil recrutas teriam chegado em São Paulo num “miserável estado, por causa da nudez pela incapacidade do armamento e por não levarem os aprestos que lhe são precisos para as suas marchas”.198 Contudo, o governador de Minas  Gerais se defende dizendo que o Marquês de Lavradio não o havia ordenado que formasse “um corpo de tropa regular, mas somente que fizesse expedir para o Rio Grande quatro mil homens, assim brancos como mestiços, mulatos e negros”, os quais Noronha acreditava que estes não eram “tropa que possa entrar em ação, mas só como recruta para completar as praças que faltam nos regimentos do exército”, os quais poderiam também ser utilizados no emprego de “diferentes trabalhos do campo em que os quiser ocupar o general do mesmo exército”.199 Ou seja, para vencer a guerra luso-castelhana, o governador de Minas Gerais acreditava que podia até mesmo ir, como já dissemos, na direção oposta à institucionalização das milícias negras.
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Fonte: LEANDRO FRANCISCO DE PAULA - Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Mestre no Programa de  Pós-graduação em História da Universidade Federal do Paraná, na Linha de Pesquisa Espaço e Sociabilidades sob a orientação do Prof. Dr. Luiz Geraldo Silva pág 61/62 -  http://migre.me/dgwN1

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Person Sheet

Name João de Souza Pereira "Botafogo
Deu nome ao bairro carioca! Não deve ser confundido com o capitão-mór de São Vicente João Pereira de Sousa falecido em 1606. (do dicionario). Teve 8 filhos com Maria da Luz.
Foi capitão-mor da capitania de São Vicente através de uma nomeação do governador D. Francisco de Sousa e, em 1596, levou uma bandeira ao sertão do rio Paraíba (confusão...?). Depoimentos diz que fez uma entrada no sertão entre 1593-4.

Teve pelo menos outras filhas: Maria de Sousa Coutinho e Maria de Sousa Brito 

Pela sua bravura militar (ver "aventuras") foi tomado como genro pelo pai da esposa. Saiu de Portugal pelos problemas do pai e família.
Homenagem ao bairro, assim batizado por João Pereira de Sousa Botafogo, lugar-tenente do governador-geral Antônio Salema. Por ter sido ajudante de Salema, Pereira de Sousa ganhou duas semarias, a de Francisco Velho e a de Inhaúma. A primeira na bela enseada que hoje leva seu nome, adotado por seus ancestrais, pela fama do galeão São João Batista, mandado construir pelo rei Dom João II, em 1519. O galeão tinha poder de fogo de 200 peças de artilharia pesada e ganhou o apelido de Botafogo. Os feitos do galeão foram tantos que os nobres portugueses tiraram carta de brasão e armas com o título de Botafogo. (num site de futebol...)

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Em 1560, o governador geral Mem de Sá, tendo expulsado os Franceses da Baía de Guanabara, deteve-se na Capitania de São Vicente e "providenciou para que o provedor Brás Cubas e o mineiro Luís Martins fossem ao sertão a dentro a buscar minas de outro e prata". Os sertanistas percorrem trezentas léguas de sertão em busca de outro e prata. Partindo de São Paulo e passando por Mogy das Cruzes, desceram o rio Paraíba, guiados pelos índios até a paragem de Cachoeira, onde encontraram o caminho que atravessava do litoral para a serra acima e tomando por esse caminho subiram a serra de Jaguamimbaba (Mantiqueira ) , forma à barra do rio das Velhas e correram a margem do rio São Francisco até o Pará-Mirim, donde voltaram pelo mesmo caminho. 
Navegando a favor da correnteza nas águas do rio Paraíba do Sul, os paulistas e outros sertanistas e aventureiros atingiam as terras de Guapacaré (atual Lorena) e transpondo o rio "antes dele encachoeirar-se ", atravessavam a garganta do Embaú, por onde se transpunha a serra da Mantiqueira e penetravam os sertões mineiros. 
As expedições de João Pereira de Souza Botafogo (1596), de Martim Corrêa de Sá e Anthony Knivet (1597), de André de Leão e Wilhelm Glimmer ( 1601), Jerônimo da Veiga ( 1643), Sebastião Machado Fernandes Camacho (1645), de Fernão Dias Paes (1674), atravessaram o Vale do Paraíba, percorrendo o rio e as velhas trilhas, abrindo o chamado "caminho geral do sertão", que ligava a vila de São Paulo aos primeiros núcleos de povoamento nos sertões do Paraíba e daqui às minas dos Cataguás, de Taubaté e da Gerais. 
Desde os primeiros anos do século XVII "foi esse caminho senhoreado e freqüentado pelos paulistas, tornando-se a linha de penetração mais importante do Brasil, senão na América do Sul" , até a abertura do "caminho novo de Garcia Rodrigues ", que ligou, diretamente, Rio de Janeiro às Minas Gerais. 
Quem dirá o bairro do Botafogo recorda João Pereira de Souza Botafogo, aí morador desde 1590, donde também chamar-se "praia de João de Souza", como dantes era "praia de Francisco Velho", companheiro de Estácio de Sá que, da praia Vermelha ou de Martim Afonso, avançou pela praia da Saudade, costeando o Morro, depois chamado de Matias, do Pasmado, da Azinhaga, começo da avenida Pasteur de hoje, atravessando o rio de Berquó, nome do ouvidor Berquó ou da Banana Podre, onde está hoje o desgracioso e inútil Pavilhão Mourisco, desbravando então, daí, a pequena baía encerrada entre os morros do Pasmado e da Viúva?
Fonte da transcrição http://migre.me/deD0y
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Caminho Velho de Paraty-RJ, via Registro (Piquete-SP) e Conceição do Embaú (Cruzeiro-SP)
MAPAS DE SANTOS - Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/aWncu)
Parafraseando: Navegando a favor da correnteza nas águas do rio Paraíba do Sul, os paulistas e outros sertanistas e aventureiros atingiam as terras de Guapacaré (atual Lorena) e transpondo o rio "antes dele encachoeirar-se", atravessavam a garganta do Embaú,  via Registro (Piquete-SP) e Conceição do Embaú (Cruzeiro-SP), Caminho Velho, ou ainda, via mesmo Registro (Piquete-SP) bifurcando para o Alto da Serra, Caminho Geral do Sertão, por onde se transpunham a serra da Mantiqueira e penetravam os sertões mineiros. 

ESTRADAS REAIS NO SÉCULO XVIII: A IMPORTÂNCIA DE UM COMPLEXO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO NA PRODUÇÃO TERRITÓRIAL BRASILEIRO (Transcrição)

Sistema de circulação e o controle do território
Como expressa a historiografia, a mineração de metais preciosos tornou-se a atividade central da política exploratória da América Portuguesa no Setecentos, logo, o seu destino deveria ser, indubitavelmente, os portos da Colônia. O porto de Santos foi o primeiro a ter função de escoar o ouro para a metrópole, dada a proximidade com as minas, a rede de clientelismo que favorecia os “paulistas poderosos" (ANDRADE, 2002) no recebimento dos lotes minerais, bem como na proximidade e acesso que essa praça portuária tinha à vila de São Paulo, que, na ocasião, constituía-se como o principal ponto de entroncamento de vários caminhos e rotas de penetração (ABREU, 1963), resultado da tradição bandeirista. Desses, o caminho do vale do Paraíba que conduzia à Serra da Mantiqueira, após seguir o vale, tornou-se a principal rota de entrada de migrantes, da saída do ouro e do próprio abastecimento das minas nos seus primeiros anos. Era o chamado Caminho Geral do Sertão. Prado Jr. (2000) e Santos (2001), dentre outros autores, utilizaram os relatos de Padre Antonil[16] para descrever a rota paulista que partindo da vila de São Paulo, passava pela Penha, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Laranjeiras, Jacareí, Taubaté, Pindamonhangaba, Guaratinguetá e Lorena. Transpunha-se a serra da Mantiqueira pela garganta do Embau e, vencida a “cordilheira” o caminho bifurcava-se, indo um dos ramos para as minas de Ribeirão do Carmo e Ouro Preto e o outro para as minas do Rio das Velhas. A esse caminho, juntou-se uma variante que partia do Rio de Janeiro por terra até Sepetiba, seguia por mar até Paraty e daí, subia a Serra do Mar atingindo o planalto nas proximidades da vila bandeirante de Guaratinguetá, seguindo desse ponto em diante pelo mesmo Caminho Geral. Esse caminho do Rio de Janeiro às Minas Gerais, passando por Paraty passou a ser chamado no século XVIII de Caminho Velho.
O rápido crescimento populacional da região aurífera e sua necessidade de abastecimento, bem como o escoamento rápido e seguro do ouro demandavam um sistema de circulação com qualidades não encontradas nem no Caminho Velho, muito menos no Caminho Geral, dadas as suas dimensões espaço-temporal alargadas. Faltava, desta forma, dotar os sertões das Minas Gerais dos Cataguás, como assim era chamada a região aurífera, de um sistema de circulação mais rápido e seguro com o objetivo de garantir maior fluidez na circulação do ouro, mercadorias, alimentos, pessoas e informações, logo, maior controle sobre a arrecadação dos impostos, como o quinto real e o dízimo. Em outras palavras, podemos dizer que a exploração das minas de ouro deu-se num ritmo veloz, enquanto a circulação continuava viscosa em virtude das inúmeras dificuldades encontradas nos primeiros caminhos.
A intenção da abertura de um caminho que ligasse diretamente a cidade do Rio de Janeiro às Minas Gerais já aparecia em cartas escritas pelo então Governador do Rio de Janeiro – Artur de Sá e Meneses – ao Rei de Portugal, como na de 24 de maio de 1698. Nela, o Governador demonstra preocupação com “o extravio do ouro por caminhos outros, com as dificuldades que se acham os mineiros de todas as vilas e os do Rio de Janeiro de chegarem” e, por fim, com o próprio abastecimento de gêneros alimentícios para justificar sua ida a São Paulo com o objetivo de “encontrar alguém para a abertura de um caminho que viesse pôr fim a tais inconvenientes à Fazenda do Rei” [17]
Na própria carta, o Governador informa que um certo Amador Bueno havia se oferecido para a abertura do caminho, porém, “eram tão grandes os interesses que me pedia, que o excusei sobre a dita diligência”. Como esse era um negócio de grandes possibilidades lucrativas, o paulista Garcia Rodrigues – o descobridor das chamadas esmeraldas - se prontificou em abrir tal caminho em menos tempo. Antes de nos revelar uma simples negação a um e a autorização a outro, a carta nos revela os conflitos existentes entre os paulistas para o controle do futuro Caminho Novo. [18]
O debate travado sobre o ponto de partida e a data do início da abertura do Caminho Novo nos revela que, sob qualquer um dos pontos de vista, havia, de fato, um enorme interesse em controlar o mais rápido possível o caminho do ouro. A rapidez em que iniciou as obras e a concessão, já em 1700, por ordem do Governador do Rio de Janeiro, do direito exclusivo de fazer ou manter negócio no Caminho Novo [19] , mesmo que se limitando a uma picada para pedestres, evidencia que Garcia Rodrigues não só sabia utilizar muito bem a memória de seu pai [20] para garantir mercês junto à Corte e de seus representantes na Colônia (poder de crédito), como sabiamente previu que o controle do caminho do ouro lhe garantiria poder político e econômico por décadas, ou ainda, como bem mostrou RODRIGUES (2002), por séculos! [21] . Seu itinerário [22] era o seguinte:
“Descendo da Borda do Campo (atual Barbacena) pelo vale do Paraibuna, abandonava-o pouco abaixo de Simão Pereira, e, cruzando o rio, ia ter diretamente ao Paraíba em Paraíba do Sul. Das margens do Paraíba tomava o caminho rumo geral de SSW e, passando por Pau Grande (perto da estação de Avelar) e pelo atual Pati do Alferes, alcançava a serra do Couto que permitia a passagem relativamente fácil da bacia do Paraíba para a dos altos formadores do Santana, chegando-se, então, à frente escarpada voltada para a Baixada e drenada pelos afluentes do Iguaçu. Do sítio do Couto, alcançava a baixada pelo vale do Pilar, afluente do Iguaçu, acompanhando-o até a sede da freguesia do Pilar. Daí dois rumos poderiam ser tomados: descer pelo rio até a Guanabara e o Rio de Janeiro, ou chegar a esta cidade por terra, atravessando o rio Iguaçu e em dois dias alcançar Irajá” (Bernardes, 1961, p.60).
Nos dez primeiros anos de sua existência, o Caminho do Couto não passava de uma picada aberta na mata com inúmeros problemas e limitações para os viandantes e comerciantes, a saber: a estrada era tão estreita que permitia a passagem somente de pedestres, obrigando, dessa forma, o transporte de toda sorte de mercadorias ser realizado nas costas de escravos negros e índios, o que o tornava extremamente oneroso; ausência de pousos e estalagens em extensos trechos do caminho, impondo aos viandantes o pernoite “no mato”; e, talvez o maior dos problemas, a irregularidade ao longo do ano no abastecimento de alimentos pelas poucas roças existentes. [23]
De qualquer forma, nesses primeiros anos, a possibilidade de fazer o percurso das Minas de Ouro ao Rio de Janeiro em dez dias era uma vantagem imensurável se comparada aos caminhos Geral e Velho, tanto para o erário Real, que passava a ter maiores condições de controle da produção e circulação do ouro, quanto para os comerciantes que abasteciam as minas e, sobretudo, aos migrantes que mais rápido chegavam à região aurífera. [24] Todavia, a vantagem temporal do Caminho Novo de Garcia Rodrigues, ou Caminho do Couto como também era conhecido, não foi capaz de proporcionar a fluidez que a mineração passou a demandar a partir da segunda década do Setecentos, resultado do próprio crescimento da população e da produção aurífera, bem como da necessidade cada vez maior de fornecimento de gêneros da terra e mercadorias em geral.
Em requerimento de 1723, encaminhado ao Rei [25] , moradores do rio Inhomirim explicitam os problemas do Caminho do Couto e pediam autorização para abertura de uma outra variante mais rápida e segura, dada “as muitas inconveniências, moléstias, perdas e riscos de vida que continuamente experimentam os viandantes deste atual Caminho”. Nas palavras dos próprios moradores, “o lucro que tiram dele [transporte pelo Caminho Novo], nêle o tornam a deixar, gastando mais de oito dias até o Paraíba.” Explicitando que já conheciam uma outra variante de trajeto para o caminho – talvez já previamente utilizado como rota alternativa para o não pagamento dos tributos reais – os mesmos moradores elencam suas vantagens que:
“fazendo-se o caminho pelo rio Inhomirim que desde a barra é povoado de moradores, com estalagem à beira d’água, cômodos pastos para as bestas até o pôrto e que as dito acomodar, porque de qualquer pôrto poderão carregar bestas e marchar até o Paraíba sem tirar cargas, nem sentirem inconveniência de subir serra nem alugarem canoas por não ser necessário e sobretudo ser o caminho muito breve que em três dias se poderá ir à Paraí [26]
No mesmo ano, o Governador do Rio de Janeiro, Aires de Saldanha, ordena ao sargento-mor Bernardo Soares de Proença que “vá aquele sertão fazer o referido exame” para comprovar as “ditas” vantagens anunciadas pelos moradores do Inhomirim.
Tão logo comprovada a vantagem desta variante, o sargento Bernardo de Proença colocou-se efetivamente na tarefa de torná-la em condições de circulação, levando aproximadamente quatro meses e meio nessa tarefa.[27] Este passou a ser chamado de Caminho de Proença ou Caminho de Inhomirim. Segundo Bernardes (1961, p.62):
“abandonando este [Caminho do Couto] ao sul do Paraíba (atual Encruzilhada), seguia para sudeste na direção do vale do Fagundes e de seu afluente Secretário, que acompanhava antes de ganhar o Piabanha, cujo curso seguia até o alto da serra. Daí descia à Baixada pelo vale do Inhomirim ou Estrela até o porto de mesmo nome, por onde se alcançava por água o Rio de Janeiro”.
O interesse e a necessidade em tornar a circulação entre as Minas Gerais e o porto do Rio de Janeiro mais rápida era tão evidente que o processo de abertura dessa variante do Caminho Novo foi também extremamente rápido, pois, da petição dos moradores do Inhomirim ao comunicado por parte do Governador do Rio de Janeiro do término das obras (06/10/1725) [28] não se passaram mais que dois anos.
Esse fato nos prova o quanto a Coroa Portuguesa estava empenhada em fincar seu poder e controle sobre as Minas Gerais. Das primeiras expedições de descobrimento no século XVII até a abertura dos Caminhos do Couto e de Inhomirim, o chamado “sertão das minas” já passara por inúmeras transformações socioespaciais, tais como o surgimento de outros caminhos e rotas menores de circulação interna, crescimento demográfico, surgimento de inúmeras vilas, degradação ambiental dos rios e riachos, dizimação da população indígena, entre outras. No entanto, a Coroa ainda não conseguira instalar-se efetivamente com seu cetro de poder nessa área, objetivando maior controle e arrecadação de impostos sobre a produção aurífera. Faltava a esse novo território um sistema de circulação capaz de garantir maior fluidez para o escoamento do ouro, às mercadorias vindas do litoral e aos gêneros da terra de abastecimento, bem como maior fluidez do controle régio, que chegava nas minas muito lentamente.
Os Caminhos do Ouro proporcionaram a dinamização, normatização e. conseqüentemente, maior controle dos processos socioespaciais já instalados nas Minas Gerais em anos anteriores. Em outras palavras, podemos dizer que foi a partir da abertura destes que novos sistemas de objetos e sistemas de ações representativos das forças  metropolitanas e locais se densificaram, garantindo e viabilizando  a transformação da configuração territorial brasileira.
Fonte:Rafael Straforini Universidade do Estado do Rio de Janeiro/FE - Brasil http://migre.me/deBuo 
CAMINHO VELHO DE PARATY, VIA REGISTRO (PIQUETE-SP), CONCEIÇÃO DO EMBAÚ (CRUZLEIRO-SP)
MAPAS DE SANTOS - 
Fonte: Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766 .Apresentando o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais. (http://migre.me/aWncu)
Nota: Caminho Geral do Sertão,  Caminho dos Paulistas, via Alto da Serraespaço colonial de Piquete-SP, em demanda do Alto Sapucaí, Serra das Vertentes, Alto São Francisco. 

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...