sábado, 30 de junho de 2012

Varginha - Aparecida-SP - 260km em 6 dias - Piquete-SP no diário de viagem de FRANCISCO CARDOSO

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02/04/2012 - 4º DIA – RIO CLARO À PIQUETE Acordei às 4hs pra arrumar as coisas. Tomamos café e às 5hs começamos a caminhada do dia. Já no início da caminhada subimos o Trio do Burro, uma montanha no qual seguimos por uma trilha bem estreita, alguns pequenos riachos desciam fazendo um pouco de lama em algumas partes. Acho que o nome se dá pela utilização do burro ali, pois um cavalo não aguentaria a labuta diária dali. 1:30h de subida. Paramos no alto pra tirar umas fotos e recuperar o fôlego. O clima estava bom, apesar de ventar um pouco.No final da trilha pegamos uma estradinha de terra. Continuamos andando, lá por volta das 9hs passamos por uma casa, onde haviam alguns romeiros parados, paramos também, a dona da casa, Dona Madalena tinha feito café e bolo e servia para os romeiros. Fiquei sabendo depois que ela fazia isso como forma de agradecer uma graça alcançada, pois há uns anos atrás um grupo de romeiros parou para pedir água, e, conversando com ela, contou sobre seu filho que tinha saído de casa havia 5 anos e nunca mais tivera notícias; fizeram uma oração e foram embora, no ano seguinte ficaram sabendo, 2 dias depois da oração seu filho apareceu em casa. 
Às 17hs chegamos na Serra de Piquete, para descer pelo asfalto, a distância era muito grande, além de toda dificuldade que era caminhar num chão muito duro, principalmente com a sola já doendo. Existe uma entrada à direita logo após a placa indicativa da cidade, entramos nessa entrada e resolvemos descer por dentro da serra mesmo.


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Fomos descendo por uma trilha bem estreita, as vezes mal cabia um pé do lado do outro. Um terreno escorregadia e úmido, muitos buracos. Mas era bom de descer. Alguns lugares quase era preciso descer sentado, de tão íngreme e escorregadio que era, mas graças a Deus ninguém do grupo escorregou. Durante a descida pude ver a Serra Fina, havia lido alguns relatos aqui e sabia onde localizá-la, quem sabe um dia ainda a subo. A descida durou quase 2hs. O joelho estava todo detonado. Tínhamos de atravessar toda a cidade até nosso pouso, que seria numa escola, mas não tinha pressa, pois só liberariam a escola depois das 19hs, pois havia aula. Mas quando chegamos lá a aula da noite ainda não tinha acabado, os lugares disponíveis para dormir já estavam lotado. Do lado de fora da escola tinham alguns lugares pra montar a barraca, mas o tempo não estava muito bom, relampeava um pouco e não queria arriscar minha barraca de R$60 na chuva. Foi quando vi a prefeitura da cidade, tinha uma varanda grande e algumas pessoas da organização estavam lá, chegamos de quietinho e nos alojamos ali mesmo, nem precisei da barraca. Alguns minutos depois caiu uma tempestade.
02/04/2012 - 5º DIA – PIQUETE A GUARATINGUETÁ Saímos de Piquete às 5hs. O percurso até Guará seria todo por asfalto agora. Apesar das distâncias serem menores, caminhar no asfalto é muito mais desgastante. Acordei com o pé doendo um pouco, fiz um alongamento e seguimos viagem. Depois de uns 20 minutos a dor diminuiu um pouco. Seguimos em direção a Lorena, estava um pouco frio, mas depois que o sol nasceu esquentou.
Chegamos em Lorena por volta das 9hs, paramos numa feirinha e comemos um pastel. Passando dentro da cidade de Lorena paramos também na Igreja de Nossa Senhora da Piedade, fizemos nossas orações e seguimos viagem.
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O tempo estava bom, muito calor. De Lorena até Guaratinguetá andamos pela SP-062, rodovia com um acostamento bem pequeno e muito movimentada.

Fonte: http://migre.me/9HU7r

A Rota Franciscana faz parte do Programa Caminha São Paulo, uma iniciativa da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, e envolverá 31 municípios do interior paulista, além da Capital.

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Fontehttp://migre.me/9HQQD
ROTA FRANCISCANA FREI GALVÃO - EQUILÍBRIO: LAVRINHAS - CRUZEIRO - PIQUETE - GUARATINGUETÁ.
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Capela do Jacu - Lavrinhas/SP (Fonte:  Mauro Luciano http://migre.me/9HR7W)photo

Garganta do Embaú, Serra da Mantiqueira - Cruzeiro/SP Fonte:http://migre.me/9HRJs Por cy_paisagem)

Pico dos Marins - Piquete-SP
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Pôr-do Sol em Guaratinguetá - 4º Ato Foto tirada na ponte Dr. Mário Covas, sobre o rio Paraíba do Sul, em Guaratinguetá/SP. À medida que o sol se punha no horizonte diferentes tons de vermelho, laranja e azul coloriam o céu.(Fonte: http://migre.me/9HS5t - Por Gerson Santos - O fotógrafo de Montanha a Aranha)



terça-feira, 26 de junho de 2012

OS PRIMEIROS CAMINHOS DO LITORAL AO PLANALTO PAULISTA: um rol de dúvidas, confusões, enigmas e mitos (Antonio Joaquim Andrietta1)

Quando, então, D. João III decidiu enviar para cá seu amigo de confiança e reconhecida competência, Martim Afonso de Souza, entre as intenções de iniciar uma efetiva colonização e  afastar os invasores – empreendimentos que o intrépido capitão logo pôs em ação – incluía-se uma disposição secreta, de avançar por aquelas trilhas indígenas e explorar as riquezas minerais nas terras interiores sob domínio espanhol. Pois até essa disposição real o capitão procurou executar, sem sucesso porém. Chegando em Cananéia em 1531, antes de aportar em São Vicente, enviou uma tropa de 80 homens armados em busca de ouro, subindo a Serra do Cadeado na região do Alto Rio Ribeira de Iguape, mas em combate com os ferozes Carijós toda a expedição foi dizimada. Seriam, então, os Carijós os guardiões de todo o Peabiru, aqui e nas terras do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Do mesmo ramo dos Tupiniquins do litoral vicentino e do planalto paulista, a estes teriam ensinado apenas parte da trilha. Esta poderia chegar a Cananéia, no litoral sul, como continuação daquela que chegava em São Vicente, ou poderia estender-se até lá como um ramal da trilha que de Sorocaba alcançava Botucatu e depois seguia para o Paraná. A Trilha dos  Tupiniquins, tenha havido ou não a ordem governamental de interdição, acabou esquecida e abandonada. Talvez o receio de Tomé de Souza fosse seu possível uso pelos espanhóis, penetrando as terras em disputa, mas é evidente que a ordem não se aplicaria a eles. Independentemente das trilhas indígenas, mais tarde os bandeirantes paulistas se incumbiram de encontrar as tão decantadas riquezas minerais, desbravar o interior das terras do Brasil de Portugal e até fazer recuar mais para Oeste o marco divisório de Tordesilhas. Além do mais, a ligação litoral-planalto, pelos dois caminhos, havia cumprido seu papel e perdeu importância. A determinante geográfica foi decisiva para que o desenvolvimento paulista se desse no planalto, em sua região central, ao contrário de todas as províncias litorâneas (à exceção do Paraná que até 1853 pertenceu à província paulista). O litoral não tinha riquezas minerais. A exígua faixa de terra entre o mar e a serra, a baixa produtividade do solo e a umidade determinaram a falência da cultura canavieira na orla vicentina. O porto de São Vicente foi assoreado por invasão do mar e, em 1624, a sede da capitania passou para Itanhaém que, por sua vez a perdeu para São Paulo em 1681. Apenas quando findou o ciclo do ouro, já no século XVIII, e o açúcar do planalto requeria melhor acesso ao porto de Santos, o caminho do mar passou a receber sucessivas melhorias, iniciando-se então o movimento inverso do tráfego e do desenvolvimento, agora do planalto para o litoral. Fonte: http://migre.me/9E5q9
 
Fonte: http://migre.me/9E67j
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 MAPAS DE SANTOS
Carta corográfica - Cap. de S. Paulo, 1766

Apresentando  o Estado Político da Capitania de São Paulo em 1766, foi elaborada esta carta, com particular atenção aos limites com Minas Gerais.(http://migre.me/9E6rD)

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...