domingo, 18 de abril de 2010

A HISTÓRIA NÃO FAZ OUVIDOS MOUCOS !

O trecho percorrido pelos amantes do Mauntain Bike como sendo trajeto da Estrada Real, está em plena conformidade com a verdade Histórica, inclusive constante de Mapas. O caminho utilizado pelos que seguiam para Minas Gerais, tinha como referência para transposição da Serra seus pontos mais baixos. Fazendo uso da mesma logística utilizada pelos índios, os quais deixaram trilhas consolidadas. Se por um lado, uma das rotas primitivas era a Garganta do Embau. Temos por outro lado a Garganta do Meia Lua. Essa região do Meia Lua, por informações de Antonio Carlos Chaves da Fundação Cristiano Rosa, era conhecida como Ibataquara de Cima. Ou seja, o caminho original seguido pelos que vinham das Minas era também a Garganta do Meia Lua, quando então estavam obrigados a passar pelo Registro de Itajubá. Seguindo viajem chegava-se no Bairro do Ibabaquara, ponto de encontro com o caminho dos que seguiam para a Garganta do Embaú, ou para porto Guaipacaré. Sendo certo ainda que em dado momento deu-se a abertura de uma caminho que seguia em direção direta a Guaratinguetá, sendo referência o local onde se encontra a Fazenda Fortaleza. Trabalhando em Cristina-MG, por um ano, foi possível concluir que o caminho do Ouro, tornou-se uma verdadeira Rota Transmineira da Fé, uma vez que esse caminho continua sendo percorrido por peregrinos, vindo dos mais longínquo lugares, em especial do Sul de Minas, etc. Ou seja, trata-se de um secular caminho de peregrinação do Sudeste, com destino a Aparecida-SP e Guaratinguetá-SP, infelizmente ignorado.

Nota: CIRCUITOS MOUNTAIN BIKE ESTRADA REAL
Aparecida pela Estrada Real Circuito de 2 dias Iremos percorrer um caminho utilizado pelos antigos exploradores de ouro do bairro da Cata de Marmelópolis, passando antes na antiga cidade de Delfim Moreira. Contemplando belas cachoeiras chegaremos na fazenda Saiquí situada a 1.600m de altitude onde faremos nosso primeiro pernoite. Dali ja estaremos na virada da serra onde desceremos até o bairro do Marins admirando o imponente Pico dos Marins com 2.422m. Na sequência percorreremos um pequeno trecho de asfalto até chegar na cidade de Piquete onde logo tomaremos a Estrada Velha para Aparecida onde finalizaremos nossa expedição na Basílica de Nossa Senhora Aparecida.
Itajubá > Delfim Moreira = 28km
Delfim Moreira > Saiquí = 21km
Saiquí > Piquete = 26km
Piquete > Aparecida = 52km
Fonte: http://migre.me/5Ktj7 
 

ROTEIRO DO CAMINHO PARA MINAS GERAIS E PARA O RIO DAS VELHAS, DO PORTO GUAIPACARE EM DIREÇÃO A MANTIQUEIRA: "O Livro do Tombo registra em 1747 que a freguesia possuía 240 fogos com mil e seiscentas pessoas de confissão. Seus habitantes moravam em distância de "meia, uma, duas e três léguas pelo caminho das Minas em direção à Mantiqueira". Nele estavam localizados os bairros: "Vu-au", quatro léguas da matriz; o "Quilombo" e a Capoeira Grande "distante da Matriz três ou mais léguas e meia para duas do "Vuau". Para o bairro do "Vuau" era solicitado erguer uma capela. Estes bairros teriam quarenta fogos com 370 pessoas, concluía o pároco: "são estáveis e prometem aumento". Professor Franscico Sodero Toledo (1)


À DISTINTA FREGUESIA, COM TODO  RESPEITO: Devemos considerar que a mais relevante constatação quanto ao posicionamento da igreja matriz de Lorena, não é fato de estar situada de frente para o rio Paraíba. Com absoluta certeza, o valor da posição geográfica da Matriz de Lorena está no seu direcionamento para o Norte. Posicionamento no qual se torna possível vislumbrar as cinco serras altas do Roteiro de Andre João Antonil. Por conseguinte reiterando a assertiva quanto ao caminho percorrido pelos que seguiam para Minas, ou seja, por um afluente do Paraíba, provavelmente o ribeiro do limeira, torna-se possível identificar, o Roteiro do Caminho para Minas do Ouro entre o porto Guaipacaré e o Bairro do Embau. Para tanto devemos considerando que uma légua de sesmaria mede 6.600 (seis mil e seiscentos) metros. Eis então que nasce, uma nova e verdadeira História, baseada em registro do Livro do Tombo referido. O roteiro do caminho em direção à Mantiqueira. Especialmente no que diz respeito  ao fato dos habitantes da Freguesia de Lorena morarem “meia, uma, duas e três léguas pelo caminho das Minas em direção à Mantiqueira” resultan  nas seguintes constatações: (1) Meia légua (3.300 três mil e trezentos metros) corresponde ao trecho da Matriz ao ponto de parada na Bica do Ouro no Campo da USP. (2) Uma légua 6.600 (seis mil e seiscentos metros), corresponde ao trecho da Matriz a Fazenda Angelina a qual deu origem ao nome de uma estação de trem rumo a Piquete pelo mesmo afluente do Paraíba o ribeiro do Limeira. (3) Duas léguas 13, 200 (treze mil e duzentos metros), esta relacionado ao trecho da Matriz de Lorena a algum lugar correspondente ao Núcleo Embrião de Piquete,  Sendo certo que, esse espaço do Núcleo Embrião de Piquete, constituiu-se no Bairro do Ronco,  em uma Arraial, restando como referência o Bairro da Raia, uma redundância de Arraial, Bairro do Itabaquara,   4) Três ou mais léguas e meia distante da Matriz está o “Quilombo” e a “Capoeira Grande”  Entendendo desnecessário maiores detalhes por se tratar de um bairro, cujo nome perpetuou-se no tempo pertencente hoje ao Municipio de Cachoeira Paulista  (5) Estando o Bairro do “Quilombo” distante meia para duas léguas do Vuau. ou seja,  distancia entre o Bairro do Quilombo ao Embau é de uma légua, isto é, 6.600 (seis mil e seiscentos metros).  Baseado no Livro do Tombo já referido com seu registro de 1747, o Bairro  do “Quilombo” e a “Capoeira Grande” ficam distantes da Matriz três ou mais legras, aproximados 19.8000 (dezenove mil e oitocentos metros) e o “Vuau”  por sua vez, fica quatro léguas distante da Matriz 26.400 (vinte e seis mil e quatrocentos metros).    Esse caminho deu origem a núcleos populacionais, voltado sempre a uma invocação religiosa, São Miguel Arcanjo em Piquete; São Sebastião no Bairro do Itabaquara,;  Nossa Senhora da Guia no Bairro do Quilombo e Nossa Senhora Aparecida no Bairro do Embau. 1).http://www.valedoparaiba.com/terragente/estudos/desbrav_01.htm




quinta-feira, 8 de abril de 2010

Programa Estrada Real (inversão da ordem dos fatos):"Em nome do interesse econômico, as pesquisas históricas foram deixadas de lado". (Históriador Márcio Santos)

Foco desviado

Inspirado no Caminho de Santiago, que percorreu em 1994, o professor de administração pública da Escola do Legislativo de Minas Gerais Raphael Olivé procurava uma versão brasileira do famoso roteiro espanhol. Foi quando ouviu falar de estradas reais. Junto com o historiador Márcio Santos, fez as primeiras pesquisas de resgate das vias em mapas antigos e relatos de viajantes estrangeiros, como Saint-Hilaire e a dupla Spix e Martius, que estiveram no país no século 19. Ainda em 1994, Olivé e Santos passaram a identificar e percorrer os trechos originais dos caminhos coloniais mineiros.
Como assessor da Assembléia Legislativa mineira, Olivé participou da elaboração do projeto da lei, aprovada em 1999, que deu origem ao Programa Estrada Real. O objetivo era dar aos antigos caminhos o status de atração turística. Para tanto, foram previstos incentivos financeiros à conservação dos traçados originais das vias coloniais em áreas públicas e privadas.
De acordo com o professor, no entanto, a idéia inicial foi desvirtuada. "O programa não traz novidade, pois o foco está centrado no turismo em cidades e não nas estradas reais", critica. Segundo ele, o projeto deveria ser mais purista e resgatar os caminhos coloniais, mesmo que passem por vias movimentadas. "Ao percorrer a BR-040, por exemplo, o caminhante teria a dimensão histórica das transformações." Para viabilizar isso, segundo ele, bastaria adaptar a rodovia para receber os caminhantes.
Embora reconheça os benefícios econômicos gerados pelo programa às cidades integrantes do roteiro, o historiador Márcio Santos aponta o que chama de inversão da ordem dos fatos: "Em nome do interesse econômico, as pesquisas históricas foram deixadas de lado".
Santos acredita, no entanto, que, embora estudos teóricos possam reconstituir os antigos caminhos, seria difícil recuperá-los totalmente na prática, pois, "se muitos trechos se mantêm preservados, em outros os sinais que os identificariam se perderam". O historiador critica ainda o "agigantamento do projeto", uma vez que a inclusão de cerca de um quinto dos municípios mineiros dificultará o trabalho de capacitação dos agentes turísticos das localidades envolvidas. "Em geral, as pessoas dessas cidades não sabem indicar nem onde se encontram os trechos existentes das estradas reais."

http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=260&breadcrumb=1&Artigo_ID=4088&IDCategoria=4584&reftype=1#boxe

GUIA DA UNESCO - Una guía para la administración de sitios e itinerarios de memoria.

Ficha 22: Ruta de la libertad (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil (A Rota da Liberdade), São Paulo, Brasil ■ ANTECEDENTES ■ ANTECED...